“Eu amo o jeito em que você meche no cabelo
tentando arrumar o desarrumado, o jeito em que
você olha pra mim franzindo a testa como se estivesse
resolvendo um problema de matemática no qual eu
pareço uma equação em que você tenta resolver. Eu amo o
jeito em que você sorri, como essa doçura e malicia que só
você tem..”
- Crawford Collins. - Carter falou dando ênfase no Collins.
- Eu mesmo, eu fiz algo de errado? - Ele perguntou levantando as mãos em modo de rendição e nos olhou com os olhos arregalados.
- Irmão de Christian Collins certo?
- Isso mesmo.
- Pessoas da sua família não são bem vindas na minha casa. - Vi que o Carter estava tremendo e seus olhos estavam ficando vermelhos então decidi falar alguma coisa.
- Carter não é assim que se resolve. Crawford desculpa por ter que te fazer passar por isso mas por um acaso você sabe onde seu irmão está? - Perguntei me levantando.
- Tem algum tempo que eu não falo com o Chris, ele não tem ligado nem ido visitar minha mãe então não tenho nem ideia de onde ele esteja. O que meu irmão fez?
- Ele me estrupou. - Eu consegui falar aquilo sem que nenhuma lágrima tivesse vontade de escorrer pelos meus olhos, eu consegui isso pela primeira vez.
- OQUE? - Crawford gritou assustado e o Carter me abraçou aconchegando minha cabeça em seu peito.
- Seu irmão é um destruidor de vidas, e eu espero que você não seja igual a ele. - Carter falou.
- Juro que se alguém fizer alguma coisa com vocês eu não respondo por minhas atitudes eu cheguei no colégio hoje mas mesmo assim eu tô gostando de como vocês são, como vocês agem, como são unidos e eu sinceramente tenho vontade de fazer parte disso. - Crawford respondeu.
- Seu irmão disse também que se acontecesse algo com algum de nós ele não responderia por ele mas olha só o que ele fez. - Falei.
- Meu irmão é um mentiroso. Eu posso marcar um lugar pra me encontrar com ele e vocês vão também, façam o que quiserem com ele.
- Depois a gente resolve isso. - Falei, eu já não expressava nem medo, nem tristeza eu não conseguia ter mais nenhum sentimento quando se tratava de assuntos passados.- Temos muita coisa pra aproveitar. - Dei um sorriso forçado e sai da sala.
- Espera. - Crawford me falou segurando em meu braço. - Me desculpa pelo que meu irmão fez, sei que desculpas não vão diminuir essa dor mas eu tô te pedindo de coração. - Ele olhava dentro dos meus olhos.
- Não se preocupa. - Falei e sai com o Carter.
- Você tá bem? - Carter me perguntou assim que saímos da casa. Fiquei calada apenas andando em meio a multidão até nos sentarmos no balcão onde estavam as bebidas, peguei um copo vermelho e enchi com Absolut.
- Tô. - Dei um sorriso. Percebi que ele encarava uma menina que estava dançando.
- Vai lá Carter, não se preocupa comigo, eu tô bem sério. - Falei.
- Te amo melhor amiga. - Ele deu um beijo na minha bochecha e logo em seguida foi falar com a tal garota que era muito bonita.
- Então voltaram a se falar não é? - Alguém se sentou ao meu lado enquanto eu olhava pro Carter, quando olhei pro lado vi quem era.
- Julie. - A abraçei e voltei a olhar pra ele.
- Você ainda ama dele porque deixou ele ir até lá? - Ela me perguntou.
- Exatamente por isso, eu amo ele e por isso o que eu mais quero é que ele seja feliz. - Respondi olhando pra ela e dando um sorriso.
- Vem vamos dançar é melhor do que você ficar ai olhando pra algo que eu tenho certeza que não te faz bem. - Ela me puxou.
- Espera deixa eu pegar mais bebida. - Virei e enchi meu copo novamente.
- Só não vai ficar bêbada em. - Ela riu e pegou um copo pra ela colocando bebida também. Saímos e fomos dançar e aquilo estava uma loucura haviam mais pessoas chegando e aquilo tava muito tumultuado, tinha umas 1.000 pessoas ali, avistamos umas pessoas com umas mangueiras na boca e líquidos descendo delas que obviamente era bebida alcoolica.
- Vem vamos lá. - Puxei Julie e fomos até lá abrindo passagem por todos que estavam ali.
- Que bebida tem ai? - Perguntei pra um garoto que estava com a mangueira em sua boca.
- Tequila. - Ele respondeu e me ofereceu a mangueira que não parava de descer o líquido e então a peguei colocando-a na boca, aquela bebida era muito forte e desceu rasgando pela minha garganta, logo que a tirei da minha boca ofereci pra Julie que também bebeu.
- Eu acho que eu já não tô legal. - Julie falou pra mim quando saimos de lá.
- Você ta ruim e nem bebeu direito. - Ri.
- Sou muito fraca pra bebida. - Ela disse até que tropeçou e ia dar de cara com o chão se o Gilinsky não tivesse segurado ela.
- Opa quase. - Ele falou a levantando.
- Espera vou cair de novo pra você me segurar de novo, posso fazer isso a noite toda ou se caso você quiser algo mais sério. - Ela falou tentando fazer uma cara seduzente mas só tentando mesmo.
- Cara você tá muito ruim. - Ele riu e a apoiou no seu pescoço.
- Eu tava ruim até você... - Ela foi interrompida pelo Taylor a pegando no colo e correndo com e pulando com ela dentro da piscina eu disparei a rir mas acabei sendo pega no colo também mas pelo Carter e ele correu comigo no colo e pulou comigo na piscina também.
- PORRA CARTER. - Gritei batendo na água fazendo espirrar água na cara dele.
- Também te amo. - Ele começou a rir e também bateu na água.
- E agora eu tenho que trocar de roupa e ela também. - Olhei pra Julie que estava aos beijos com o Taylor. - Rápidos não?
- Eu te levo na sua casa você troca e voltamos pra cá. Muito.
- Espera vamos ficar aqui mais um pouco.
- Mas você viu a placa né. - Ele apontou pra placa que estava escrito "Só pessoas nuas".
- Você me paga por isso Carter. - Falei tirando meu vestido todo encharcado.
- O sutiã também. - Ele me olhou malicioso e começou a bagunçar o cabelo como se estivesse com vergonha e em seguida colocou sua mão na nuca.
- Só o sutiã e não se fala mais nisso. - Revirei os olhos e joguei meu sutiã pra fora da piscina juntamente ao meu vestido e ele tirou suas roupas ficando só de cueca.
- Saudades dos seus peitos. - Ele ri e eu revirei meus olhos.
- Onde você conseguiu tudo isso, essa cama elástica, aquelas mangueiras que putz, como?
- Tenho meus contatos. - Ele piscou. - Tinha que ser uma festa ao nível né afinal minha melhor amiga tá de volta. - Sorri.
- Pega uma blusa sua pra mim? - Pedi. - Só pra mim chegar lá em casa, porque meu vestido não vai entrar tão cedo em mim.
- Espera vou lá. - E então ele saiu da piscina jogando meu sutiã pra mim então o vesti. Fiquei observando a festa até o Carter voltar.
- Vem, vamos. - Ele me deu a mão e então eu subi e vesti a blusa do Carter que ficava enorme pra mim e ele já havia se vestido novamente e cara ele tava muito lindo, ele tinha vestido uma calça preta, uma blusa preta, uma blusa de frio preta e um bone aba reta também preto (1).
- Porra meu cabelo tá acabado. - Falei olhando pro meu cabelo molhado.
- Dá nada não, vem. - Ele me levou até o carro dele ele ligou o som e começou a tocar Counting Stars - OneRepublic.
Lately, I've been, I've been losing sleep
(Ultimamente, eu tenho perdido o sono)
Dreaming about the things that we could be
(Sonhando com as coisas que poderíamos ter sido)
But baby, I've been, I've been praying hard
(Mas amor, tenho, tenho rezado muito)
Sitting, no more counting dollars
(Sentando, sem ficar mais contando dólares)
We'll be counting stars
(Contaremos estrelas)
Yeah we'll be counting stars
(Sim, contaremos estrelas)
- Bem nós essa música né? - Carter me perguntou.
- Não. - Respondi.
- É sim, eu fico todos os dias pensando em coisas que nós poderíamos ter sido e me lembra na sua casa quando ficamos olhando pro céu e vendo as estrelas.
- Carter, não vamos falar sobre isso. - Olhei pros meus pés. - Eu não quero que aconteça mais tudo o que aconteceu.
- Por que não?
- Porque não. Você é meu melhor amigo e eu quero que seja só isso.
- Tá. - Fomos o resto do caminho em silêncio exceto pelas músicas que tocavam.
- Entra. - Abri a porta de casa e ele foi entrando comigo, a casa estava escura. Meu pai devia já estar dormindo, subimos as escadas e fomos até meu quarto. - Senta aí, eu vou trocar de roupa e já volto.
- Toma um banho também. - Ele falou.
- É pode ser. - Peguei a roupa e fui para o banheiro, tomei um banho com a água bem quente pois estava frio. Saí do banho e vesti minha roupa (2), quando saí do banheiro o Carter estava deitado na cama e me encarava. - Vou só secar meu cabelo. - Fui até minha penteadeira e peguei o secador quando fui surpreendida com um beijo que foi ficando intenso e o Carter me puxou pra cama onde eu cai encima dele e fomos nos beijando mas um barulho atrapalhou tudo e eu caí na real. - Carter, para. - Me levantei de cima dele e voltei pra penteadeira.
- Você beija melhor agora com o piercing na lingua.
- Quer dizer que meu beijo não era bom antes? - Perguntei olhando pra ele e arqueando a sobrancelha.
- Não, seu beijo sempre foi perfeito mas esta melhor agora. - Liguei o secador e começei a secar meu cabelo, quando terminei recebi uma ligação.
Ligação ON
- Onde você tá? - Virgínia me perguntou.
- Tô em casa, já tô voltando prai. - Respondi.
-O que você tá fazendo aí? A festa aqui tá lotada.
- O Carter me jogou na piscina e eu tive que vim aqui em casa.
- Espera, ele tá aí também.
- Uhum, tô chegando aí agorinha tchau.
Ligação OFF
- Vamos? - Depois que eu terminei minha maquiagem perguntei pro Carter pegando minha chave e devolvendo a blusa pra ele.
- Só depois de outro beijo.
- Carter. - Arqueei minha sobrancelha.
- Posso ficar aqui a noite toda. - Revirei meus olhos fui até ele e o beijei mas o beijo durou pouco.
- Satisfeito? Agora vamos. - Puxei ele da cama e nós fomos.
[...]
- Amanda me explica essa história direito. - Virgínia chegou em mim quando eu já havia me distanciado do Carter.
- Calma, ele só me jogou na piscina e me acompanhou até lá em casa pra mim trocar de roupa. - Omiti algumas coisas.
- Só isso né.
- Só. - Ri.
- Ei experimenta isso daqui. - O carter chegou ao meu lado com uma arma de brinquedo nas mãos com um liquido dentro.
- O que é isso? - Perguntei.
- Tequila, abre a boca. - Abri a boca e ele colocou a arminha como liquido nela e cara aquilo era muito bom, logo em seguida ele tirou da minha boca e colocou na boca da Virgínia.
- É cada coisa que vocês inventam viu. - Ri.
- Vem vamos beber e dançar. - Ele me puxou pra dançar e depois de um tempo dançando ele saiu e voltou logo em seguida com um comprimido em mãos.- Toma isso. - Ele me entregou o comprimido.
- O que é isso? - Perguntei e colocando na boca.
- Êxtase.
- Isso não vai me deixar doidona vai?
- Essa é a intenção.- Ficamos dançando por mais algumas horas, quando eu olhei no celular já era 3:00 da manhã e já estava muita gente indo embora.
- Que tal a gente brincar de eu nunca? - Cameron perguntou.
- Vamos. - Thaís falou, e então fomos eu, Carter, Virgínia, Mabi, Thaís, Taylor, Julie, Jéssica, Matt, Aaron, Jack's, Hayes, Cameron, Crawford, Nash e mais umas pessoas que eu não conhecia. Fomos pra dentro da casa sentamos na sala.
- Vai quem começa? - Gilinsky perguntou.
- Eu quero também. - Micaella chegou e já foi se sentando o que me fez revirar os olhos. - Eu começo, eu nunca transei com meu melhor amigo, olhei pro Carter e bebi, ninguém mais bebeu.
- Agora eu. - Falei. - Eu nunca precisei jogar coisas na cara dos outros. - Fiquei encarando a Micaella que não bebeu. - Não vai beber Micaella?
- Não preciso queridinha. - Me levantei mas o Carter me segurou pra não ir até ela.
- Micaella sai daqui agora. - Nash falou a expulsando de lá e então ela voltou pra festa do lado de fora.
- Tá vai vamos continuar. - Falei.
[...]
Quando o jogo acabou haviamos só nós na festa, o resto do pessoal todo já havia ido embora então decidimos dormir, eu estava muito bêbada assim como todos ali, tentei me levantar mas cai no chão de novo.
- Vem. - Carter levantou e me puxou junto e eu topei diretamente com seu rosto.
- Vou dormir com você. - Todos olharam pra nós e fizeram uma cara suspeita.
- Vem vamos. - Subimos até o quarto dele e eu me joguei na sua cama e ele deitou ao meu lado. Logo eu adormeci.
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